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Jazz no Parque 2025

 

Jazz no Parque - Barreiro - 27 X 28 X 29 de Junho

Apesar da tenra idade o festival de Jazz do Barreiro ambiciona um lugar entre os mais importantes festivais de Jazz nacionais; tem trabalhado para isso e ele é já um incontornável.
A programação deste ano é mesmo a mais equilibrada de todas, adaptando as características de festival ao ar livre com o nível de músicos como Aaron Parks ou Peter Bernstein.

O festival começa na sexta 27 com a estreia continental do popular Emmet Cohen. Cohen é um pianista norte-americano que se tornou conhecido no período da pandemia por ter aberto a sala de sua casa ao mundo com concertos semanais; e por ela passaram durante dois anos alguns dos mais relevantes músicos de Jazz da actualidade. Bastante como resultado dessa exposição, talvez, ele foi considerado pelo público um dos mais importantes pianistas de Jazz vivos.
A «praia» de Emmet Cohen é o Jazz tradicional, mesmo se a sua formação académica é a da música clássica europeia, mas ele conhece profundamente a história do jazz, e ele não terá quaisquer pretensões de daí sair, para satisfação do público. A sua fórmula natural é o trio de piano.
Aaron Parks é o senhor que se segue, e o "Little Big" é o quarteto-orquestra que levará ao Barreiro.
O nova-iorquino de coração Aaron Parks faz parte da miríade de músicos de Jazz que adoptaram recentemente a cidade de Lisboa para viver e temo-lo visto por aí, a tocar, com os bons músicos portugueses. A formação que irá tocar no idílico Parque da Cidade do Barreiro é, no entanto, um quarteto vindo expressamente dos Estados Unidos, de piano, guitarra, baixo e bateria; um pouco fora do que lhe conhecemos, e que a guitarra autoriza, do ponto de vista harmónico e, eventualmente rítmico também. Vamos ver e aplaudir, por certo.

O festival recomeça na tarde de sábado com o Ensemble da Escola de Jazz do Barreiro;
seguindo-se, também fora da programação internacional, a voz de Rita Maria que dará corpo à guitarra de Nuno Costa com «Songsayer».
E a noite começa com o trio de Amy Gadiaga, uma contrabaixista cantora de que sei pouco, até nem sequer a formação, dado que a jovem música costuma actuar com um trompetista, mas por vezes também à baterista acrescentou uma guitarra. Do que me foi dado ouvir na internet, a francesa, desde há algum tempo estabelecida no reino de sua majestade, cultiva uma sonoridade que namora o funk, mas noutros momentos o trompete impõe-lhe uma dinâmica mais dura e interessante. Nada como ir ver.
º~` Outra das estrelas do festival é Peter Bernstein, uma lenda viva da guitarra Jazz, que só por ele justificaria a deslocação ao Barreiro. Mas com ele estarão Bill Stewart, Doug Weiss e Danny Grissett. Outra grande noite em perspectiva.

No domingo, e porque é domingo e no dia seguinte é dia de trabalho, o festival recomeça pelas 17.00 com a Academia de Jazz os Franceses;
seguindo-se-lhe um músico que vem de Salamanca, e que acaba de se estrear na germânica ACT,  Daniel García. O pianista apresenta-se como uma das vozes mais originais e influentes da nova geração do jazz espanhol» e reconhece influências do flamenco, do Caribe e do Médio Oriente.
Enfim, ainda deverá ser dia quando o Trio Azul de Carlos Bica começar a tocar. Singular, original, popular, encontro único de personalidades, internacional (um português, um berlinense e um norte-americano), encerra da melhor forma o Jazz no Parque 2025.
(Sobre o concerto do Trio Azul ler também «Três perguntas a Carlos Bica»)

Sexta 27 de Junho, 22.00, Emmet Cohen Trio
Sexta, 27 de Junho, 23.30, Aaron Parks "Little Big"
Sábado 28 de Junho, 17.00, Escola de Jazz do Barreiro
Sábado 28 de Junho, 18.00, Songsayer
Sábado 28 de Junho, 22.00, Amy Gadiaga Trio
Sábado 28 de Junho, 23.30, Peter Bernstein Quartet
Domingo 29 de Junho, 17.00, Ensemble da Academia de Jazz os Franceses
Domingo 29 de Junho, 18.00, Daniel García Trio “Wonderland”
Domingo 29 de Junho, 19.30, Carlos Bica “Azul”

Programação: Jorge Moniz